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Os sinais do Parkinson e a prevenção da doença

08 de março de 2019

 


Os sinais do Parkinson e as formas comprovadas de prevenir a doença

Pesquisas já mostram que depressão e insônia são os primeiros indícios do problema cerebral e indicam que o café pode ser aliado na prevenção

Fernanda Aranda , iG São Paulo

O alerta veio uma tristeza profunda. Há cinco anos, Marina Lazzarini caminhava e percebeu que o braço esquerdo não acompanhava o balançar natural das pisadas e que a perna direita estava mais lenta. Do nada, a letra na escrita ficou minúscula e a depressão tirou da aposentada, na época com 60 anos, até a vontade de sair de casa. Quatro meses depois, após três médicos titubearem, o quarto diagnosticou: Parkinson .

A doença cerebral que, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afeta 200 mil brasileiros ainda não tem a origem muito bem estabelecida pela medicina. Mas entre os leigos os sintomas mais lembrados são os tremores e a rigidez dos músculos. Estes sinais, porém, não são únicos e surgem já em fase mais avançada do problema.

Os médicos agora estão empenhados em divulgar os indícios mais precoces do Parkinson e também o que a ciência já sabe sobre como preveni-lo. Assim como o caso de Marina, o professor de neurologia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital das Clínicas de São Paulo, Egberto Barbosa, diz que a depressão é uma das mensagens de alerta.

“Em uma fase muito inicial, os primeiros sintomas do Parkinson são os transtornos de humor (entre eles a depressão), a perda do olfato e as alterações no sono, como exemplo a insônia”, diz Barbosa.

“Em uma outra fase, logo na sequência, a região do cérebro que produz a dopamina, é alterada. Com isso, aparecem os tremores e a rigidez nos músculos e a dificuldade na coordenação motora.”

Piano e medicamentos

Marina Lazzarini, com o apoio dos 5 filhos, afirma que teve sorte, pois conseguiu um diagnóstico rápido, que não apenas controlou os sintomas mas permitiu que ela não abandonasse uma paixão: tocar piano.

“Sou pianista e graças ao tratamento posso dedilhar música clássica diz”, conta Marina.

“Apesar de ter esperado quatro meses para uma médica dizer o que eu tinha, o meu caso foi rápido. Na Associação Brasil Parkinson, que passei a frequentar, conheci pessoas que passaram anos e anos sem saber o que tinham. Isso fez com que elas convivessem com sequelas mais graves.”

O Parkinson, por enquanto, é uma doença sem cura e o grande benefício dos medicamentos, explica Egberto Barbosa, é amenizar os sintomas. Uma das hipóteses é de que a doença tenha origem genética, mas também seja influenciada por fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos e níveis de ácido úrico baixos no organismo.

“Também há uma relação com o processo de envelhecimento natural, já que o passar dos anos promove alterações nos neurônios que podem resultar na doença”, explica o médico.

Café e exercício

Pesquisando as origens do problema cerebral, a ciência já trouxe evidências contundentes sobre os riscos de desenvolver a doença. As pesquisas mostram que as atividades físicas, por exemplo, desencadeiam a produção de substâncias no organismo que dão vitalidade aos neurônios e por isso protegem o cérebro.

A alimentação também ganha destaque, em especial a rica em antioxidantes, como os legumes, as frutas e os peixes.

 


O alerta veio uma tristeza profunda. Há cinco anos, Marina Lazzarini caminhava e percebeu que o braço esquerdo não acompanhava o balançar natural das pisadas e que a perna direita estava mais lenta. Do nada, a letra na escrita ficou minúscula e a depressão tirou da aposentada, na época com 60 anos, até a vontade de sair de casa. Quatro meses depois, após três médicos titubearem, o quarto diagnosticou: Parkinson .


A doença cerebral que, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afeta 200 mil brasileiros ainda não tem a origem muito bem estabelecida pela medicina. Mas entre os leigos os sintomas mais lembrados são os tremores e a rigidez dos músculos. Estes sinais, porém, não são únicos e surgem já em fase mais avançada do problema.


Os médicos agora estão empenhados em divulgar os indícios mais precoces do Parkinson e também o que a ciência já sabe sobre como preveni-lo. Assim como o caso de Marina, o professor de neurologia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital das Clínicas de São Paulo, Egberto Barbosa, diz que a depressão é uma das mensagens de alerta.


“Em uma fase muito inicial, os primeiros sintomas do Parkinson são os transtornos de humor (entre eles a depressão), a perda do olfato e as alterações no sono, como exemplo a insônia”, diz Barbosa.


“Em uma outra fase, logo na sequência, a região do cérebro que produz a dopamina, é alterada. Com isso, aparecem os tremores e a rigidez nos músculos e a dificuldade na coordenação motora.”


 


Piano e medicamentos


 


Marina Lazzarini, com o apoio dos 5 filhos, afirma que teve sorte, pois conseguiu um diagnóstico rápido, que não apenas controlou os sintomas mas permitiu que ela não abandonasse uma paixão: tocar piano.


“Sou pianista e graças ao tratamento posso dedilhar música clássica diz”, conta Marina. “Apesar de ter esperado quatro meses para uma médica dizer o que eu tinha, o meu caso foi rápido. Na Associação Brasil Parkinson, que passei a frequentar, conheci pessoas que passaram anos e anos sem saber o que tinham. Isso fez com que elas convivessem com sequelas mais graves.”


O Parkinson, por enquanto, é uma doença sem cura e o grande benefício dos medicamentos, explica Egberto Barbosa, é amenizar os sintomas. Uma das hipóteses é de que a doença tenha origem genética, mas também seja influenciada por fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos e níveis de ácido úrico baixos no organismo.


“Também há uma relação com o processo de envelhecimento natural, já que o passar dos anos promove alterações nos neurônios que podem resultar na doença”, explica o médico.


 


Café e exercício


 


Pesquisando as origens do problema cerebral, a ciência já trouxe evidências contundentes sobre os riscos de desenvolver a doença. As pesquisas mostram que as atividades físicas, por exemplo, desencadeiam a produção de substâncias no organismo que dão vitalidade aos neurônios e por isso protegem o cérebro.


A alimentação também ganha destaque, em especial a rica em antioxidantes, como os legumes, as frutas e os peixes.


 


 

 
iG São Paulo - jornalista Fernanda Aranda

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