A insônia é supercomum, mas apesar de não ser uma doença, pode ser um alarme de muitos distúrbios como alergias, obesidade, doenças cardíacas, até parkinson, alzheimer. Porém, se ela continuar insistindo sem que nenhuma destas doenças seja diagnosticada, é porque a causa está nos maus hábitos na hora de dormir.
De acordo com o doutor Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), nosso cérebro funciona como um grande editor de informação. "A mente funciona como um processador. O cérebro foca nos detalhes mais importantes e lhes dá significado emocional. Por isso, é preciso administrar as informações recebidas antes de dormir, pois interfere na qualidade do sono", explica, acrescentando que "ver filmes, assistir TV, jogar videogame, acessar a Internet, entre outras atividades antes de dormir podem auxiliar em uma noite maldormida".
O médico explica que com o envelhecimento as funções mentais podem piorar e os problemas com o sono, como a insônia, também podem aparecer. Um estudo recente, divulgado pela University of South Australia no início de maio, mostrou aspectos importantes para uma boa cognição mesmo com o envelhecimento. De acordo com a pesquisa, a sesta (aquela dormidinha após o almoço) previne de 2 a 10 anos o declínio cognitivo no ser humano. Em contrapartida, dormir menos que 6,5 horas por noite aumenta o risco do declínio cognitivo em 10 anos.
No seu último livro, Você sabe como seu cérebro cria pensamentos?, Gomes Pinto ressalta que dormir menos que o corpo precisa pode acarretar prejuízos cognitivos, como perda de memória e dificuldade de concentração. "Uma noite mal dormida provoca irritabilidade durante o dia e aumenta a liberação de cortisol e ACTH, hormônios responsáveis pelo estresse", afirma. O estudo australiano ainda concluiu que a insônia é um problema a curto prazo e que pode se tornar algo grave quando compromete a inteligência.
Para acabar com a insônia e conseguir dormir bem, o especialista sugere algumas estratégias para evitar a insônia, como organizar-se para ir mais cedo para a cama; não fragmentar o sono; procurar deitar e acordar sempre no mesmo horário; não exagerar em cafés, chás e refrigerantes; praticar atividades físicas preferencialmente durante o dia; optar por atividades relaxantes à noite; usar travesseiros que alinhem o pescoço e o tronco; o colchão deve se adaptar às curvas anatômicas do corpo e ser confortável.
Insônia também pode ser sintoma de outros problemas de saúde ( DCI )
Jornalista: Indefinido
30/05/2012 - A insônia é supercomum, mas apesar de não ser uma doença, pode ser um alarme de muitos distúrbios como alergias, obesidade, doenças cardíacas, até parkinson, alzheimer. Porém, se ela continuar insistindo sem que nenhuma destas doenças seja diagnosticada, é porque a causa está nos maus hábitos na hora de dormir.
De acordo com o doutor Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), nosso cérebro funciona como um grande editor de informação. "A mente funciona como um processador. O cérebro foca nos detalhes mais importantes e lhes dá significado emocional. Por isso, é preciso administrar as informações recebidas antes de dormir, pois interfere na qualidade do sono", explica, acrescentando que "ver filmes, assistir TV, jogar videogame, acessar a Internet, entre outras atividades antes de dormir podem auxiliar em uma noite maldormida".
O médico explica que com o envelhecimento as funções mentais podem piorar e os problemas com o sono, como a insônia, também podem aparecer. Um estudo recente, divulgado pela University of South Australia no início de maio, mostrou aspectos importantes para uma boa cognição mesmo com o envelhecimento. De acordo com a pesquisa, a sesta (aquela dormidinha após o almoço) previne de 2 a 10 anos o declínio cognitivo no ser humano. Em contrapartida, dormir menos que 6,5 horas por noite aumenta o risco do declínio cognitivo em 10 anos.
No seu último livro, Você sabe como seu cérebro cria pensamentos?, Gomes Pinto ressalta que dormir menos que o corpo precisa pode acarretar prejuízos cognitivos, como perda de memória e dificuldade de concentração. "Uma noite mal dormida provoca irritabilidade durante o dia e aumenta a liberação de cortisol e ACTH, hormônios responsáveis pelo estresse", afirma. O estudo australiano ainda concluiu que a insônia é um problema a curto prazo e que pode se tornar algo grave quando compromete a inteligência.
Para acabar com a insônia e conseguir dormir bem, o especialista sugere algumas estratégias para evitar a insônia, como organizar-se para ir mais cedo para a cama; não fragmentar o sono; procurar deitar e acordar sempre no mesmo horário; não exagerar em cafés, chás e refrigerantes; praticar atividades físicas preferencialmente durante o dia; optar por atividades relaxantes à noite; usar travesseiros que alinhem o pescoço e o tronco; o colchão deve se adaptar às curvas anatômicas do corpo e ser confortável.
DCI