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Depressão ou tristeza? Dúvida pode atrapalhar o diagnóstico precoce

09 de maio de 2019

Considerada o mal do século, a depressão é uma doença que pode atrapalhar a vida pessoal e profissional, desencadeando outros problemas de saúde ou estando associada a eles.


Perder um emprego, a morte de um ente querido e uma separação conjugal são situações que podem gerar tristeza. No primeiro momento há um período de luto, um sentimento de frustração e impotência, como se o mundo perdesse a graça. Quando conseguimos superar a crise vivida, a tristeza é normal e considerada saudável pelos especialistas, pois assim como a alegria, ela é um sentimento inerente ao ser humano.


Para o psicanalista e psiquiatra Celso Rubman, do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, a tristeza pode até mesmo acompanhar momentos de plena felicidade. “As mães, durante os primeiros dias após o parto, tem uma vivência de tristeza, que se dá pela separação da criança do ventre dela. Ela é fisiológica, mas às vezes pode evoluir patologicamente”, afirma. Essa melancolia pós-parto é menos severa que uma depressão. Celso diz ainda que o hábito de presentear a mãe ou o bebê é uma forma social de agradá-la por conta desse período crítico.


A diferença entre tristeza e depressão é sutil, o que dificulta na hora de procurar ajuda. “A tristeza é um fato comum da vida. Já a depressão é uma forma de viver que se repete e precisa de cuidados médicos. A pessoa não tem a sensação que o mundo ficou vazio, e sim que ela ficou vazia”, explica Rubman. Na depressão, a tristeza pode vir acompanhada de uma profunda melancolia, desânimo e alterações no sono e no apetite.


A depressão muitas vezes é determinada por situações inconscientes. “São sentimentos de frustração, onde a pessoa não entendeu o mal que estava vivendo. E ela tem um sentimento de raiva que não sabe administrar. Essa raiva se volta contra a própria pessoa, deixando-a entristecida”, alerta o psicanalista.


Em uma crise, é comum agir de duas maneiras antagônicas: uma é refletir sobre o problema e conseguir superá-lo. Outra é tornar o problema maior que a capacidade de resiliência e se enfraquecer, ficando mais vulnerável à depressão. “Podemos nos tornar uma pessoa mais forte ou mais fraca, conforme a postura em tentar resolver o problema. Se conseguimos, colocamos na bagagem mais instrumentos para tentar solucionar futuras dificuldades.”


A depressão pode surgir em qualquer fase da vida. “Pessoas da terceira idade podem desenvolver a chamada depressão endógena, aquela que não se tem uma razão externa”, afirma Rubman. O psicanalista aconselha um acompanhamento profissional e terapias, sendo o uso de medicamentos não aconselhável para todos os casos. Entender a origem da depressão é essencial para o tratamento.


 


Depressão ou tristeza? Dúvida pode atrapalhar o diagnóstico precoce

Considerada o mal do século, a depressão é uma doença que pode atrapalhar a vida pessoal e profissional, desencadeando outros problemas de saúde ou estando associada a eles. Muitas vezes a depressão é tratada como uma tristeza persistente, mas entender a diferença entre depressão e um quadro de tristeza pode ajudar em um diagnóstico precoce e no tratamento adequado.

Perder um emprego, a morte de um ente querido e uma separação conjugal são situações que podem gerar tristeza. No primeiro momento há um período de luto, um sentimento de frustração e impotência, como se o mundo perdesse a graça. Quando conseguimos superar a crise vivida, a tristeza é normal e considerada saudável pelos especialistas, pois assim como a alegria, ela é um sentimento inerente ao ser humano.

Para o psicanalista e psiquiatra Celso Rubman, do Hospital Federal da Lagoa, vinculado ao Ministério da Saúde, a tristeza pode até mesmo acompanhar momentos de plena felicidade. “As mães, durante os primeiros dias após o parto, tem uma vivência de tristeza, que se dá pela separação da criança do ventre dela. Ela é fisiológica, mas às vezes pode evoluir patologicamente”, afirma. Essa melancolia pós-parto é menos severa que uma depressão. Celso diz ainda que o hábito de presentear a mãe ou o bebê é uma forma social de agradá-la por conta desse período crítico.

A diferença entre tristeza e depressão é sutil, o que dificulta na hora de procurar ajuda. “A tristeza é um fato comum da vida. Já a depressão é uma forma de viver que se repete e precisa de cuidados médicos. A pessoa não tem a sensação que o mundo ficou vazio, e sim que ela ficou vazia”, explica Rubman. Na depressão, a tristeza pode vir acompanhada de uma profunda melancolia, desânimo e alterações no sono e no apetite.

A depressão muitas vezes é determinada por situações inconscientes. “São sentimentos de frustração, onde a pessoa não entendeu o mal que estava vivendo. E ela tem um sentimento de raiva que não sabe administrar. Essa raiva se volta contra a própria pessoa, deixando-a entristecida”, alerta o psicanalista.

Em uma crise, é comum agir de duas maneiras antagônicas: uma é refletir sobre o problema e conseguir superá-lo. Outra é tornar o problema maior que a capacidade de resiliência e se enfraquecer, ficando mais vulnerável à depressão. “Podemos nos tornar uma pessoa mais forte ou mais fraca, conforme a postura em tentar resolver o problema. Se conseguimos, colocamos na bagagem mais instrumentos para tentar solucionar futuras dificuldades.”

A depressão pode surgir em qualquer fase da vida. “Pessoas da terceira idade podem desenvolver a chamada depressão endógena, aquela que não se tem uma razão externa”, afirma Rubman. O psicanalista aconselha um acompanhamento profissional e terapias, sendo o uso de medicamentos não aconselhável para todos os casos. Entender a origem da depressão é essencial para o tratamento.

Fonte: Fabiana Conte/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde

 

 
Fabiana Conte/ Comunicação Interna do Ministério d

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