Benefícios da Vitamina D para a saúde

A Vitamina D, quimicamente conhecida pela nomenclatura 25(OH)D, é uma das substâncias essenciais ao funcionamento do nosso corpo. Atua numa série de reações químicas e controla cerca de 270 genes. É responsável pela saúde dos ossos e auxilia ainda na regulação do crescimento e do fortalecimento do sistema imunológico, cardiovascular, muscular e metabólico. Em 2018, um estudo publicado pelo jornal britânico BMJ relacionou a vitamina, inclusive, com a prevenção de alguns tipos de câncer.

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De acordo com uma recente revisão publicada na revista Nature Reviews Endocrinology, na qual cerca de 11 mil pessoas de diferentes partes do mundo foram suplementadas com a vitamina, observou-se que, quanto mais baixo o nível de 25(OH)D, mais baixas são as concentrações de cálcio e fosfato no organismo. Entre as anormalidades bioquímicas observadas em parte do grupo com níveis séricos menores de 12ng/ml foram apontadas hipocalcemia, hipofosfatemia, alta fosfatase alcalina e elevação do paratormônio.

Por ser um hormônio esteroide lipossolúvel, a Vitamina D pode ser produzida pelo corpo. Também pode ser encontrada em alimentos como óleo de fígado de bacalhau, bife de fígado, gema de ovo, atum, sardinha, salmão e peixes gordos em geral.

Porém, uma das principais formas de estar com os níveis de Vitamina D em proporções adequadas ao corpo é manter uma rotina de exposição solar. Não há um consenso entre os especialistas sobre o horário ideal para isso. Enquanto alguns alegam que a absorção só aconteceria de modo ideal no período de maior incidência dos raios – entre meio dia e 16 horas –, outros mantêm uma postura mais conservadora, por considerarem que estar ao sol nesse intervalo representa riscos para desenvolvimento de câncer de pele.

De acordo com a recomendação do reumatologista do Hospital Sírio Libanês, doutor Cristiano Zerbini, o ideal é se expor ao sol antes das 10 horas da manhã por cerca de 15 a 20 minutos. Ele explica que é importante deixar braços e pernas expostos.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia defende que pessoas com pele muito clara e, consequentemente, com maior risco de desenvolver câncer de pele, devam seguir a prática no máximo três vezes por semana e, ainda assim, com uso de protetor solar.

Medo do sol e vida agitada

A verdade é que muitas pessoas têm receio ou indisposição de se expor ao sol. Esse é o caso da professora aposentada Dilcéa Martins, que comenta não gostar da exposição solar por sentir desconforto. “Já se foi o tempo em que eu conseguia ficar no sol. Hoje logo canso e não me sinto bem. O sol que pego é quando caminho na rua, nas minhas atividades diárias”, explica.

Além do desconforto relatado, a aposentada comenta que mesmo com proteção solar seus braços ganharam muitas sardas brancas, o que faz com que goste menos ainda de se expor a banho de sol. Essas manchas, cientificamente chamadas de leucodermia gutata, são frequentes na população e normalmente aparecem em áreas como antebraços e pernas, devido ao efeito cumulativo da exposição solar, que faz com que os melanócitos deixem de produzir melanina de modo normal.

Para casos assim e também para as pessoas que gostam de sol mas não têm tempo para dedicar momentos do dia à exposição solar, a suplementação de Vitamina D pode ser uma boa opção para que o corpo consiga manter níveis saudáveis da substância.

É importante destacar que a suplementação de Vitamina D não necessita de prescrição, mas é sempre importante contar com a opinião de seu médico de confiança. Não é indicada para crianças, a menos que por orientação de profissional especializado. Além disso, é contraindicada para pacientes com hipervitaminose D ou elevadas taxas de cálcio e fosfato na corrente sanguínea.

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